quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Seminário de Políticas Públicas em Dependência Química lota plenário Homero Santos

Centenas de pessoas lotaram o plenário Homero Santos, da Câmara Municipal de Uberlândia, em virtude do “IV Seminário de Políticas Públicas de Prevenção e Tratamento em Dependência Química”.
O evento, idealizado pelo vereador Delfino, com o apoio de demais vereadores, ocorreu no dia 24 de fevereiro. A quarta edição do seminário esteve voltada para trabalhos desenvolvidos com crianças e jovens. O evento contou com a presença dos palestrantes Rafik Jorge Chakur, psicanalista e psicólogo; e Cecília Maria de Azevedo Marques Motta, psicóloga e especialista em farmacodependência. Os dois profissionais fazem parte da equipe de coordenação do Projeto Quixote, de São Paulo.

Quixote é uma organização social, sem fins lucrativos, ligada à Universidade Federal de São Paulo. A entidade busca construir com crianças e jovens em situação de risco social, alternativas eficientes através da arte para os desafios cotidianos de suas vidas, como a violência, o abandono, a falta de referências e o abuso de drogas. A proposta deste IV Seminário, foi discutir a expansão do consumo de drogas por crianças, adolescentes e jovens e as alternativas de políticas públicas para a busca de solução, trazendo a experiência do Projeto Quixote.
Segundo o vereador, o assunto é preocupante, pois levantamentos demonstram um significativo índice de crianças e jovens fazendo uso de bebidas alcoólicas e também de drogas ilícitas. Para ilustrar, o vereador Delfino cita Pesquisa Nacional de Saúde Escolar, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no final do ano passado, que revela que 71% dos alunos do 9º ano do ensino fundamental das capitais brasileiras, com idade entre 13 e 15 anos, já experimentaram bebida, 24% fumaram cigarro e 9% já usaram drogas alguma vez na vida.
História
Em 1996, aliando a preocupação relacionada ao uso de drogas por crianças de rua a uma indignação enquanto cidadãos, um grupo de clínicos da Universidade de São Paulo se propõe a criar um projeto de atendimento, formação e pesquisa destinado a esta população.
O foco foi gradualmente ampliado, incluindo, crianças, jovens e famílias em situação de risco. Em 2000 tem início a Agência Quixote Spray Arte, um programa de Educação para o Trabalho através do grafiti. Nesta época, inicia-se também um programa de geração de renda para as famílias, a Oficina de Mães. Em 2005, o Quixote volta às origens, com atividades junto aos meninos e meninas em situação de rua da "cracolândia", região central de São Paulo, e em 2007 inaugura o abrigo para essas crianças, localizado na Bela Vista. A Usina de Imagem, projeto que visa oferecer oficinas multimídias aos jovens atendidos tem seu início em 2006. Em 2005 inicia-se um processo de profissionalização da instituição. É estruturada uma área de captação de recursos, comunicação, comercial, administrativa e ensino e pesquisa.
Referência
A equipe do Projeto Quixote é formada por pediatras, psiquiatras, psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, educadores, oficineiros e pessoal administrativo. Referência no terceiro setor, o Projeto Quixote já recebeu diversos prêmios de instituições renomadas
em reconhecimento à sua atuação, como o Prêmio Itaú de Excelência Social (2008) e Prêmio Top Social ADVB, com o projeto de Educação para o Trabalho “Redesenhando o Futuro”, em parceria com a Petrobras (2007).
O Projeto Quixote atua em 3 frentes: Atendimento, Ensino e Pesquisa. Por meio do Atendimento atinge diretamente crianças, jovens e seus familiares; com o Ensino busca multiplicar o conhecimento adquirido; e com a Pesquisa disponibiliza instrumentos que visam influenciar políticas públicas voltadas a crianças, jovens e famílias em situação de risco.

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