terça-feira, 7 de junho de 2011

ESCLARECIMENTOS SOBRE OS ACONTECIMENTOS NA CÂMARA MUNICIPAL

Quero esclarecer os fatos ocorridos nas duas últimas sessões do mês de maio na Câmara Municipal, quando do processo de votação do projeto propondo o aumento do número de vereadores de Uberlândia, de 21 para 27 parlamentares. Desde o princípio, fui contrário a esta proposta, por acreditar que em nossa cidade não há necessidade do aumento do número de vereadores. Infelizmente, não obtive da Câmara, durante esta votação, as condições democráticas necessárias para o debate, e o resultado é que, lamentavelmente, chegou-se a um desfecho em que os ânimos se exaltaram, e as discussões extrapolaram os limites do bom senso. Em função destes acontecimentos, a mesa diretora da Câmara Municipal tomou a iniciativa de formar uma comissão para julgar os fatos ocorridos, envolvendo a minha pessoa e o presidente da Câmara.
         Vale destacar que fatos como estes sempre ocorreram na Câmara de Uberlândia desde o início de meus trabalhos parlamentares, envolvendo, além de mim, outros vereadores. No entanto, pela primeira vez houve uma iniciativa desta, o que em minha avaliação configura uma perseguição política, principalmente no que diz respeito as minhas posições de enfrentamento  e independência em propostas que não priorizam o interesse público, como neste caso do aumento do número de vereadores.
     
   Considero o ocorrido como o ápice de reiteradas práticas, contrárias aos princípios democráticos e marcadas pela arbitrariedade e autoritarismo. Inquestionavelmente, nos últimos anos, tem havido ofensa nesta Casa de Leis a mediação equilibrada das divergências de interesses e pontos de vista.  
Há quatro anos, exerço meu mandato de vereador na Câmara Municipal de Uberlândia, sempre motivado pela defesa dos interesses da cidade e respeito pelas pessoas que nela vivem.  Entendo o trabalho parlamentar como imprescindível para o desenvolvimento da democracia, uma vez que através do debate das idéias e propostas, incluindo as divergências, é que chegamos a um resultado mais representativo dos interesses da população. Neste sentido, levo meu trabalho a sério, e não abro mão de exercê-lo com independência e imparcialidade, apesar da resistência enfrentada por ser minoria, em uma cidade com um histórico político de ações anti- democráticas por parte dos seus governantes e legisladores.  
O papel do Poder Legislativo vai além de produzir e aperfeiçoar normas. O vereador também deve  fiscalizar os atos do Executivo e encaminhar as reivindicações da população aos órgãos devidos.  Tenho buscado exercer todas estas atribuições, seja elaborando leis de real utilidade pública – como a lei do mau-cheiro, a da substituição das sacolas plásticas, trazendo especialistas para discutir assuntos de interesse da comunidade- como. por exemplo, políticas públicas para tratamento e prevenção em dependência química e a valorização da cultura municipal, e, por fim, realizando estudos e empenhando esforços para  que as leis orçamentárias enviadas pela Prefeitura possam contemplar interesses e necessidades do povo uberlandense.
Espero que este último lamentável episódio contribua para a elaboração de uma nova página na história da Câmara Municipal de Uberlândia, fase na qual as diferenças sejam respeitadas e resultem em melhorias para a cidade.
Termino aqui expressando o meu respeito à população desta cidade, a qual represento e pela qual trabalho.



Um comentário:

MAURICIO disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

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